domingo, 25 de novembro de 2012

Hamburgueria 162


Como gordinha convicta, poucos pratos me encantam mais do que um belíssimo hambúrguer. Sejam eles gourmet, como são chamados os mais elaborados, ou até mesmo aqueles dos botecos de esquina que encontramos pela vida afora. E – por coincidência ou não – a ideia deste blog nasceu justamente no local mais propício: uma hamburgueria.

Às vezes, ou melhor, quase todo domingo, eu e a Nat saímos em busca de algo delicioso para forrar o estômago e no último final de semana isso não poderia ser diferente. A vontade inicial foi pela tradicional pizza no já reconhecido Pedaço da Pizza da Rua Augusta. No entanto, algo diferente chamou nossa atenção: Hamburgueria 162.

Localizada na esquina da Rua Luis Coelho, com a Rua Augusta, bem pertinho do Pedaço da Pizza, na verdade, a 162 Hamburgueria fez a fama por combinar ingredientes não tradicionais em seus lanches. E, realmente, chega a ser difícil escolher qual pedir, porque em cada um deles bate aquela curiosidade.

Mas vamos do começo, né? A entrada é uma portinha e, logo que se entra, já estão lá todas as páginas de reconhecimento do local nas mais diversas publicações especializadas. O ambiente é bastante aconchegante e descontraído, porém pequeno, não sendo um local para ficar horas a fio batendo papo e nem para ir com uma galera muito grande. Uma das paredes da lanchonete abre espaço para que os clientes deixem recados.

Hambúrguer 162 acompanhado de molho homônimo
O grande lance fica mesmo por conta das delícias apresentadas no cardápio com ingredientes pra lá de diferentes. O lanche que homenageia a matriz, o 162 (pão de hambúrguer tradicional, hambúrguer artesanal com disco crocante de queijo parmesão, salada, picles, patê de foie e acompanha o molho 162. R$ 22,50) tem uma montagem bastante exótica, tanto que a Nat o escolheu após a mesa do lado ter recebido um. Influências à parte, o sabor deixa um pouco a desejar frente à expectativa. Por mais que o disco de queijo parmesão seja uma delícia, o patê de foie passa quase sem ser percebido (um adendo: para quem não sabe, o patê de foie é feito de fígado de pato). O molho 162 (maionese com mostarda) faz a diferença no hambúrguer, pois fica um pouco ressecado sem ele.

Nosso outro pedido foi o lanche que homenageia a filial de Moema (Alameda dos Arapanés, 872), denominado 872 (tcharam!), com pão de hambúrguer tradicional, hambúrguer artesanal bovino, shitake grelhado, queijo gouda, salada (picles e cebola tostada) e acompanhado com espeto de queijo coalho envolto em pancetta e melaço de cana(R$ 23,00). Nesse caso, o grande astro é, sem dúvida, o espeto (que, vamos combinar, não tem nenhuma harmonização com o conteúdo do lanche em si, mas que vale muito a pena). O shitake só foi percebido nas últimas mordidas, já a cebola marcou presença até demais em rodelas muito grandes, grossas e unidas, forçando um pouco o paladar.

Para completar, pedimos uma porção de batata 162 (R$ 12,00), acompanhada dos molhos: 162 e aioli (obviamente, eu acho, feito com alho). A batata era extremamente bem temperada e frita na medida certa. Já o molho aioli era MUITO forte, chegando a amargar a boca.

O cardápio de sobremesas se resume a sorvetes, mas resolvemos economizar essas notas calorias.

Por hoje é só! Aguardem o próximo: sorveteria Bacio di Latte.

Resumo da conta:
Hambúrguer 162 – R$ 22,50
Hambúrguer 872 – R$ 23,00
Batata 162 + molhos – R$ 12,02
Refrigerante – R$ 3,80 cada

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Caça


Sempre tive paixão pelas artes. Seja a de escrever, cantar ou interpretar. Sempre houve, e há cada vez mais, um desejo quase incontrolável por elas. E – por que não? – pela arte culinária. Confesso que essa me pega muito mais pelo estômago do que pelas mãos (nesse caso, o fazer artístico fica por conta da Nathalia, é claro). Mas tamanha minha indiscutível gordice, que não haveria como a gastronomia como um todo não me pegar de jeito. Sou boa de garfo e ponto final.

Como devoradora consumidora me atento aos mínimos detalhes, que vão além do que o paladar detecta. A experiência gastronômica começa no instante em que você passa pela porta de entrada e termina – ou não – no momento em que você chega em casa (afinal, não dá para ficar conversando com a comida, não é?).

Depois de muitas experiências que tive ao longo dos meus poucos anos de vida, chegou a hora de unir algumas das minhas maiores paixões: comida, bebida, escrita, crítica e, é claro, uma boa companhia.

Não espere encontrar aqui uma teia de elogios aos lugares que visitarmos e nem mesmo uma enxurrada de negatividade. Mas se você busca boas dicas de onde comer e do que esperar, aqui é o lugar certo. Aqui inicia-se uma nova jornada: a caça aos sabores!